Lances iniciais em 19/10
Carimbos, tinta de carimbo, aquarela, silk e tinta spray sobre papel
Barrão faz esculturas a partir de bricolagens engenhosas e bem humoradas. Elas são compostas por peças de cerâmica e porcelanas vitralizadas, de origens e naturezas diversas. Colecionados pelo artista há pelo menos duas décadas, os objetos são intencionalmente quebrados no ateliê. Pedaços de xícaras, pratos, vasos, souvenirs e afins são reconfigurados, fundindo-se uns aos outros em composições que resultam em seres híbridos, expansivos, desprovidos de seus usos anteriores. Uma vez reagrupadas, as peças perdem as qualidades que as tornavam úteis e identificáveis, tornando-se obras que desafiam a lógica decorativa, evocando a visualidade, o exagero e o humor, típicos do kitsch.
Suas exposições individuais incluem Stuck Rhyme, Night Gallery, Los Angeles (2023); FALA COISA, Carpintaria, Rio de Janeiro (2022); Mufa Caos, Jacarandá, Rio de Janeiro (2018); Fora Daqui, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro (2015); Mashups, The Aldrich Contemporary Art Museum, Ridgefield (2012); and Natureza Morta, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2010). O artista também participou das exposições coletivas Brasilidade pós Modernismo, CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; São Paulo, Brasília; Belo Horizonte (2021); Troposphere: Chinese and Brazilian Contemporary Art, Beijing Minsheng Art Museum, Beijing (2017); A Casa, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (2015). Barrão tem obras em importantes coleções públicas, incluindo a Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Em Vento virado (2024), Barrão sobrepõe registros gráficos heterogêneos num diagrama visual de procedimentos heterogêneos. Entre manchas de aquarela e carimbos de edificações, a composição imprime um ritmo sincopado e um registro cromático vibrante.