Lances iniciais em 12/11
Tinta acrílica sobre tela – Assinada
Adriana Coppio (Taubaté, 1978) vive e trabalha em São Paulo e São José dos Campos. Dentre as exposições individuais recentes destacam-se: Mãe da Lua, curadoria Victor Gorgulho (2023) na Alban Galeria, Salvador, Capim d’Angola (2022) e Sumidouro (2020), ambas no Projeto Vênus, São Paulo e Eclipse Ordinário (2019) na Casa da Luz, São Paulo. Principais exposições coletivas recentes:Farra Bunda, curadoria Felipe Molitor e Felipe Barsuglia, São Paulo (2023), Visions of Paradise, do Projeto Vênus na Galeria Jaqueline Martins em Bruxelas e Apocalypse Now: são tantos os apocalipses, co-curadoria de Rafael Bqueer e Ricardo Sardenberg no Projeto Vênus, São Paulo (2022), Breves Narrativas de Sonho, com curadoria de Mario Gioia, na Casa da Luz (2020) e A Parte Maldita: um esboço, curadoria de Ricardo Sardenberg na SIM Galeria, São Paulo (2019). Em 1999 ganhou o 1° Prêmio na Anual de Arte da FAAP. Em 2000, foi estudante convidada na École Cantonale d’Art du Valais, Suíça, onde viveu por dois anos. Em 2003 trabalhou na decoração de teatro do espetáculo Les Misérables, na Suíça.
Parte de uma geração de artistas concentrada em São Paulo, nas décadas de 1990 e no início dos anos 2000, Adriana Coppio sempre chamou atenção para seu trabalho pelo fato de que, na contramão de seus parceiros e colegas de geração, a artista fincou seu interesse pela pintura figurativa desde o início de sua trajetória até os dias atuais, ao passo em que as questões ligadas ao cenário da arte de então pareciam pender para a pintura abstrata e, mais além, para obras conceituais, performáticas e afins.
A opção de Adriana Coppio por uma pintura figurativa, no entanto, em nada diminui a radicalidade com que a artista assume tal escolha. À primeira vista, é natural que o espectador se coloque diante de uma de suas pinturas e seja tomado por certo torpor ou desconcerto diante das paisagens, personagens e lugares criados pela artista. Por exemplo, na pintura Vôo da Tarde 3 vemos uma cena crepuscular onde três morcegos voam próximos a um resquício de luz, uma fresta de céu azul aberta no firmamento nublado. A imagem é profundamente atmosférica e onírica, evocando o sobrenatural e o inefável da natureza, apesar de um universo inexorável.