Representado pela galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, o artista Efrain Almeida (Boa Viagem, CE, 1964) combina elementos da cultura popular nordestina com aspectos autobiográficos, de modo lírico. Suas exposições individuais recentes incluem O Sexto Dia, Museu de Arte Sacra de São Paulo, São Paulo, Brasil (2022); A Memória da Mão, MCO Arte Contemporânea, Porto, Portugal (2018) e Trance, James Harris Gallery, Seattle, USA (2017). Participou também das exposições coletivas 1981–2021 Arte Contemporânea Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio Pereira, CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Engraved into the Body, Tanya Bonakdar Gallery, New York, USA (2021); Passado/futuro/presente: arte contemporânea brasileira no acervo do MAM, MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil (2019), A Escolha de Efrain, Galeria Graça Brandão, Lisboa, Portugal (2018) e Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil (2018).

Efrain Almeida tem obras em importantes coleções públicas, incluindo Caixa Geral de Depositos, Culturgest, Lisboa, Portugal; CGAC – Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago do Compostela, Spain; Fundação ARCO, Madrid, Espanha; Instituto Inhotim, Minas Gerais, Brasil; MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niteroi, Rio de Janeiro, Brasil; MAMAM – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife, Brasil MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna, Rio de Janiero, Brasil; MoMA – Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Toyota Municipal Museum of Art, Toyota Aichi, Japão; e The Polyclinic, Seattle, Estados Unidos.

Em pequenas esculturas, aquarelas de dimensões reduzidas – como Prisma (10) – e eventuais carimbos e desenhos, Efrain Almeida se utiliza das técnicas e linguagens dos entalhadores sertanejos, dos santeiros do catolicismo popular, em referência à sua infância em Boa Viagem, no interior do Ceará, antes de sua vinda ao Rio de Janeiro, em 1976. Muitos tipos de pássaro compõem seu bestiário de esculturas, apanhados frequentemente em pleno vôo, transmitindo movimento conforme o artista os suspende num instante estático. As suas esculturas de corpos ou partes do corpo remetem aos ex-votos encontrados em circunstâncias católicas brasileiras, imbuídos de uma carga simbólica íntima.