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LANCES FINAIS
Erick Peres
Lote 081
Ademir
Erick Peres
Lote 081
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Lances iniciais em 12/11
Ademir (da série O Choro pode durar uma Noite mas a Alegria vem pela Manhã), 2023

Fotografia de arquivo com escrita da mãe do artista e intervenções manuais mistas – Assinada – Com Moldura – Edição 2/6 + 3 P. A.

60 x 40 cm
R$ 3500,00
lance inicial
Confira os lances

Erick Peres (Vila Ipê 1, Porto Alegre, RS, 1994), artista visual. Em sua pesquisa faz uso de imagens autorais, arquivos, intervenções em imagem e textos, intercalando literatura, ficção e imagem. Através da paisagem emocional de seu bairro e da cultura popular, transita entre memória e presente, preenche as lacunas da memória falha com crônicas de autoficção. O artista pesquisa as ausências históricas de seu espaço e território de origem, partindo da vila ipê 1, extremo leste de Porto Alegre (RS), reafirmando a existência e potência de espaços periféricos em um estado que promove a higienização e exclusão de tudo que foi colocado a margem. Ele se propõe a organizar o descompasso ao seu redor – romances tortos, fins abruptos e a genealogia mutilada com suas ausências reconstruídas pelas mãos daqueles que estão nos centros das margens. Recentemente participou de residências e realizou exposições no MAM RIO, MIS SP, Instituto Goethe Munique, Galleria d’arte Moderna Itália – Catania, etc. Seu trabalho pertence a coleção do MAM RIO/Joaquim Paiva, Museu da Imagem e do Som SP, Alayde Alves e Mediterraneum Collection Itália. Foi residente do Pivô Pesquisa em 2023.
A série O Choro pode durar uma Noite mas a Alegria vem pela Manhã (2016-2023) representa uma pesquisa de sete anos, na qual o artista busca a imagem ausente de seu pai, explorando as origens familiares, a história do bairro por meio de arquivos e o desenvolvimento do relacionamento amoroso de seus pais. Ao longo do álbum de infância da artista, a figura de seu pai vai gradativamente desaparecendo, tanto pela ausência no espaço físico quanto pelo efeito do tempo, que corrói e apaga sua imagem nas fotografias de arquivo e na memória da artista. A obra apresentada no leilão consiste em uma imagem de arquivo recuperada de um retrato do pai dao artista, sobre a qual a mãe escreve sua história, mesclando-se com a caligrafia da própria artista. Trata-se de uma tentativa de reconstruir uma memória que não mais existe.