Lances iniciais em 12/11
Spray, tinta acrílica, grafite, carvão e pastel oleoso sobre tela – Assinada – Com Moldura
O artista Anderson AC (Salvador, BA, 1979) amalgama, em suas obras, referências adquiridas principalmente entre os anos 90 e o final dos anos 2000. Sua trajetória é marcada por sua inserção em movimentos urbanos variados: do Punk ao reggae, do hip hop ao skate, da pichação ao graffiti, além de suas experiências com coletivos de sound System. Paralelamente, a cosmovisão do universo afro-religioso do candomblé o influencia profundamente. Anderson também tem uma forte conexão com as errâncias existenciais e com objetos encontrados durante suas jornadas urbanas, que ele vê como componentes de geografias emocionais e cartografias afetivas. Em seu trabalho, objetos-portais e outros elementos poéticos interligam passado e presente sob a premissa de que tudo está conectado.
Ele participou de exposições coletivas notáveis, como II Trienal de Luanda (Angola), Encruzilhada, Brasil Futuro – as formas da Democracia (Museu Nacional da República, Brasília) e Dos Brasis (São Paulo, SP). Algumas de suas mostras individuais de destaque são Pintura Muralista no Museu Afro Brasil, E o sol é para todos? na Pinacoteca do Beiru, e Alvorada na Paulo Darzé Galeria de Arte. Seus trabalhos são parte de coleções em lugares como Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, Club des Artes do Conseil de L’Europe, e Inhotim. Anderson é também criador Pinacoteca do Beiru, um espaço vital para a comunidade artística no bairro do Beiru, que tem raízes no antigo quilombo homônimo, situado na região central de Salvador.
A série Tessitura da alvorada é um reflexo profundo de suas motivações e práticas artísticas. Estes trabalhos se originam de premissas existenciais e buscam desconstruir e revisar as visualidades estabelecidas. Anderson explora as tensões e rupturas nas relações sociais e históricas do Brasil, filtrando-as através de suas próprias experiências pessoais e culturais moldadas nas periferias de Salvador.