FECHAR
PT / EN
LANCES FINAIS
Mateus Moreira
Lote 074
Memória da ascendência
Mateus Moreira
Lote 074
Arrematada CADASTRE-SE
Lances iniciais em 19/10
Memória da ascendência, 2024

Óleo sobre tela

30 x 30 cm
R$ 5250,00
lance inicial
Confira os lances

É graduado em artes visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Na pintura, a partir de gestos, cores e manchas, Mateus cria espaços que se mostram entre a paisagem urbana e a paisagem abstrata. No processo, observando os rastros pictóricos e acidentes da matéria, o artista habita o ser humano em atmosferas que constroem narrativas intuitivas inspiradas pela imaginação e o cotidiano. Para ele, essas composições se transformam em lições, em vislumbres para reimaginar o futuro frente às ameaças e desafios da contemporaneidade.

Em 2024, participou da exposição Dos Brasis, Arte e Pensamento Negro, no RIo e em São Paulo, e Arte Brasileira, na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte. Realiza em 2023 a exposição individual Nêmesis, na Carpintaria, Rio de Janeiro, e Conselhos, na Galeria Celma Albuquerque, Belo Horizonte; participou da Residência Bolsa Pampulha em 2022 e da exposição coletiva Tragédia, na Fortes D’Aloia & Gabriel, em São Paulo. Em 2021 expôs a individual Desolação na Casa Fiat de Cultura, e foi premiado no 12° Salão Artistas Sem Galeria. Em 2020 realizou sua primeira individual, Resiliências, na Fundação de Arte de Ouro Preto, e foi premiado no 9° Salão de Itabirito.

A insatisfação é uma grande força motriz. Entidade viva que rompe o provável, o conforto, e a repetição. Sobrepondo ideias com tinta, me interessei em me desafiar a pintar a água e seu poder de reflexão. Ao lado disso a representação da natureza, da vegetação, daquilo que mais pode estruturar a paisagem com o verde. O ar de serenidade me intuiu muitas possibilidades de inserir o homem na paisagem, o instante antes do splash na água, a acrobacia, o gesto do impulso do corpo, um lugar para um retrato. Todas feitas, pintadas, mas desfeitas, sobrepostas ou diluídas na imagem da água.

Convivendo com aquele silêncio que era mais forte do que todas essas tentativas, pensou num pescador e em como aquele silêncio se relacionava com a pesca, com a paciência de esperar e agir. Voltou a uma época em que trilhava a mata dos arredores onde seu pai nasceu, vivências que foram sempre acompanhadas por um bando de cachorros de seu tio que o acompanhavam pelo tempo que fosse naquele passeio. Daí a composição surgiu e ele gosta de pensar nessa história como se fizesse parte da infância de seu pai.