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LANCES FINAIS
Luana Vitra e Jorge da Costa
Lote 058
Musculatura da espera 2
Luana Vitra e Jorge da Costa
Lote 058
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Lances iniciais em 12/11
Musculatura da espera 2 (da série Musculatura da espera), 2022

Ratoeiras e madeira

100 x 252 x 190 cm
R$ 68600,00
lance inicial
Confira os lances

Luana Vitra (1995, Contagem, MG) é artista plástica, dançarina e performer. Entre suas principais exposições individuais estão Três Guerras no Peito, no Centro Cultural São Paulo – CCSP (2020) e Carregar o poema nas costas, na Galeria de Arte Centro Cultural Sesiminas (Belo Horizonte, 2019). A artista já participou de diversas residências e laboratórios, entre outras na 35a Bienal de São Paulo, em 2023, e do Frestas – Trienal das Artes no ano de 2020. Também em 2020, recebeu o Prêmio EDP Artes, do Instituto Tomie Ohtake. Em 2022, recebeu a Bolsa Pampulha.

Luana nasceu e cresceu no estado de Minas Gerais, numa região conhecida por paisagens naturais monumentais e marcada de modo profundo pelas atividades industriais da mineração. Experimentou desde sempre, portanto, as diversas manifestações possíveis do ferro e da fuligem. Gestada entre a marcenaria — pelo lado do pai — e o manejo das palavras — pela parte da mãe —, sua prática parte de processos que reconhecem as qualidades físicas e os contornos sutis da matéria, e investigam a infusão psicoemocional das paisagens. A partir de composições realizadas com uma ampla gama de materiais, seus objetos e instalações reconfiguram símbolos universais e elaboram outros, especialmente investidos nas qualidades da matéria, evocando poesia, discutindo subjetividades e suscitando questionamentos políticos.

A obra “Musculatura da Espera” faz parte de uma série de trabalhos colaborativos da artista com seu pai, Jorge da Costa. Nesse contexto, Luana Vitra concebe a armadilha como um corpo muscular que se tensiona enquanto espera e relaxa quando captura. Essa concepção surgiu a partir de suas pesquisas durante a criação da obra “Zanzado em Trama é Armação de Arapuca”, na qual Luana estudou minuciosamente o funcionamento de 60 armadilhas, buscando compreender seus mecanismos e desenvolver uma percepção de si mesma como um corpo-armadilha. As ratoeiras utilizadas nesse projeto foram criadas por Jorge da Costa e representam a primeira série dessa colaboração que Luana Vitra pretende expandir, trabalhando com outras pessoas envolvidas na tecnologia das armadilhas. O projeto começou com seu pai, pois ele foi quem a ensinou a fabricar suas primeiras armadilhas e a desenvolver uma personalidade de espera e captura.