Lances iniciais em 12/11
Impressão digital – Fita crepe azul, quarto, artista, amigos, câmera, salada de arroz negro com manga – Assinada – Com Moldura
Marina Dubia (São Paulo, SP, 1992) é artista errante nas fronteiras entre artes visuais, dança e discurso. Trabalha com carne, ossos, pó e instituições; com palavras e seus efeitos sobre nós. É formada pela School of Conceptual and Contextual Practices, da Academia de Arte em Copenhague; e pelo PACAP 4, do Fórum Dança em Lisboa. Em 2023, escolheu trabalhar com confete: uma ferramenta que faz o arco da destruição à celebração. ARIEL, O-Overgaden, Fonte e Pivô são as instituições parceiras nessa pesquisa. Exposições recentes incluem The Voice of My Own Echo (O-Overgaden), Fear and Fauna (ARIEL Feminisms) e Transition Exhibition (Kunsthal Dahlem).
Para descrever sua performance, a artista escreve “‘Notas para uma vitalidade aumentada; Maio de 2022’, escrevi o seguinte sobre o conjunto ‘I believe this wave will bear my weight’: ‘Trechos de azul enchem o quarto, tomando o espaço, e meu próprio corpo, até a obliteração, que procede, entorna, conforme eu sigo, o azul.(…) Impaciência e certa propensão para engenharias sociais me fizeram recrutar amigos artistas para executar a tarefa (com ajuda de um bocado de salada de arroz preto com manga). Pergunto para ninguém em particular: será que as horas coreografadas dentro e fora do olho da câmera emprestou porosidade pra nosso pedaço partilhado de vida? Meditações: O trabalho com fita azul ‘é sobre’ sufocamento. O trabalho com fita azul “é sobre” contaminação. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ tornar visível uma relação. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ mapear um território. O trabalho com fita azul “é sobre” virtualização e anulação. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ confinamento e isolamento. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ erro, glitch e desvio. O trabalho com fita azul “é sobre” entrega. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ rendição. O trabalho com fita azul “é sobre” limitação e possibilidade. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ ocupar e fissurar. O trabalho com fita azul ‘é sobre’ o desconforto com minha casa atual e as duvidosas dádivas do pertencimento.”