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LANCES FINAIS
Aislan Pankararu
Lote 046
Ancestral silence
Aislan Pankararu
Lote 046
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Lances iniciais em 12/11
Ancestral silence, 2023

Tinta acrílica sobre linho – Assinada – Com Moldura

66 x 94 cm
R$ 35000,00
lance inicial
Confira os lances

Aislan Pankararu (Petrolândia, PE, 1990) é originário do povo Pankararu e passou a sua infância na aldeia mãe Brejo dos Padres, no interior de Pernambuco, onde sua avó lhe transmitia as tradições dos seus ancestrais. Mais tarde, dirige-se à cidade para estudar, formando-se pela Faculdade de Medicina na Universidade de Brasília. Tendo o costume de desenhar quando criança, Aislan retoma a prática como autodidata no ano de 2019 e decide se dedicar à carreira artística. Em 2020, em parceria com a comissão de Humanização do Hospital Universitário de Brasília (HUB), onde estudou, realizou sua primeira exposição Abá Pukuá (“Abá” significa “homem” em tupi-guarani e “Pukuá” significa céu em kaypó). Em 2021, inaugurou a mostra Yeposanóng no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. No mesmo ano, ilustrou os textos do projeto Teatro e povos indígenas, da n-1 edições; participou da Residência Kaaysá, sob a coordenação de Rodrigo Villela, em São Sebastião, São Paulo; e criou a ilustração utilizada como identidade visual do festival de música Indígenas.BR. Produziu também as ilustrações do 1º Festival de Filmes Indígenas do Brasil, que aconteceu no Institute of Contemporary Arts, em Londres. Em 2022, participou das coletivas NOW, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte; Um século de agora, no Itaú Cultural, em São Paulo; e O amanhã possível: história da arte em tempos de crises socioambientais, na Galeria de Artes do Instituto de Artes da Unicamp – GAIA, em Campinas, São Paulo. Seu trabalho está presente no acervo do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais.
O trabalho de Aislan Pankararu é influenciado pelas memórias de suas origens e por um desejo profundo de reconectar e manifestar sua ancestralidade. Utilizando desenho e pintura tanto em papel Kraft quanto em tela, ele incorpora elementos pictóricos tradicionais da pintura corporal de seu povo para criar traços e figuras distintos. Com movimento e composta por uma combinação de tintas e cores, suas obras remetem à riqueza visual e simbólica dos Pankararu, enfatizando sua luta e resistência.
Em Ancestral Silence, ele convida o observador a sentir a obra, abandonando preconcepções sobre arte, processos e práticas. Como artista visual, pessoa indígena e médico, Aislan carrega consigo as características do Nordeste, da caatinga e do bioma exclusivamente brasileiro. Contemporâneo em sua abordagem, ele também é um reflexo dos segredos cosmológicos de seu povo – todo esse espectro de experiências e identidades permeia seu trabalho, influenciando como ele percebe e se expressa no mundo. A pintura foi realizada em Londres, refletindo o ambiente, as descobertas e as incongruências que ele experimentou na cidade; ela serve como um testemunho de sua presença, marcando-o como um dos primeiros artistas indígenas a ocupar tal espaço.