Lances iniciais em 12/11
Grafite, carvão e óleo sobre tela – Assinada
Rodrigo Garcia Dutra (Rio de Janeiro, RJ, 1981) possui Master Fine Arts pela Central Saint Martin of Art and Design, Londres, Reino Unido (2009) com bolsa da Lismore Castle Scholarship e Master em Escultura no Royal College of Arts, em Londres, Reino Unido (2014). Recebeu prêmio da Fundação Bienal de São Paulo, SP, Programa Brasil Arte Contemporânea e participou das seguintes exposições: “Tomorrow: London”, na South London Gallery, Londres, Reino Unido, “Histórias Mestiças” no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil: 30º Aniversário, São Paulo, SP e “Open Cube” na White Cube, Londres, Reino Unido. Tem obras adquiridas pelas coleções públicas do British Government Art Collection, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, Museu de Arte do Rio – MAR, Museu Nacional da República, Brasília e Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília – CAL/UNB e Coleção Andrea e José Olympio Pereira..
Sua prática de pesquisa artística remonta momentos no tempo que influenciaram a estética do mundo como nós o percebemos hoje. Ao construir uma coleção de fatos, objetos encontrados, presentes e lugares por onde viajou, o artista re-trabalha estes elementos através de desenho, pintura, fundição em bronze, traçados de carvão, edição de vídeo e arranjo/re-arranjo deles no espaço para dessa forma colocar estes momentos ou situações em evidência lançando uma nova luz sobre eles.
Sobre o trabalho Intercurso Atávico I, o artista nos conta: “No meu processo de pintura e pesquisa, neste momento estou revivendo meu passado, tendo crescido nas imediações do Aterro do Flamengo. Dentre as muitas jóias modernistas, construções e monumentos, observo que há aí uma história colonial de conflitos entre a Europa modernizante e os povos que aqui habitavam. Uma destas construções é o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a obra mais conhecida do arquiteto carioca nascido em Paris Affonso Eduardo Reidy. Segundo a engenheira parceira Carmen Portinho, “Nós começamos o Museu de Arte Moderna quando era mar ainda” e Paulo Mendes da Rocha especula “Como seria o MAM em Marte?” no documentário “Reidy, A Construção da Utopia”, 2009. Na pintura, em que mesclo a tinta a óleo e carvão vegetal, tanto para o traçado da arquitetura e elipse, quanto para o fundo, contínuo criando relações entre abstração e figuração. Sinto que tornando figura e fundo parte de um conceito imagético mais amplo em que ambos fazem parte de um gesto visionário, trago conexões ao passado que se revelam-se como substrato para uma imaginação de futuros.”