O trabalho de Alexandre da Cunha (Rio de Janeiro, 1969) se estabelece como um posicionamento crítico em relação aos valores atribuídos à cultura popular brasileira e ao modernismo, às artes decorativas e à cultura pop britânica. Contrapondo e mesclando materiais, repertórios e objetos de diferentes origens e destinados a diferentes usos, o artista propõe uma série de diálogos entre eles. Além de esculturas, Cunha trabalha na escala da intervenção urbana, tendo suas obras comissionadas por: Art on the Underground para a estação de metrô Battersea, Northern Line Extension, Londres (2021); Samuels & Associates, Pierce Boston Collection, Boston (2017); MCA Chicago, parte do Plaza Project (2015) e Rochaverá Corporate Towers, São Paulo (2015). Seus trabalhos integram as seguintes coleções: Tate Modern, Londres, Inglaterra; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil; Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil; CIFO Coleção Cisneros, Miami, EUA; Coleção Zabludowicz, Londres, Inglaterra; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil e FAMA, Itu, Brasil
O centro da prática de Alexandre da Cunha é o ready-made. Especificamente, como o ready-made é afetado pela narrativa, pela história e pelos resultados do trabalho. Na obra de Alexandre, o desenho e a função originais de um objeto perduram na escultura: um esfregão pode ser transformado em tapeçaria, mas a narrativa do objeto permanece na obra. Desta forma, as esculturas de da Cunha constituem um microcosmo que preserva a realidade histórica e econômica do objeto original.