Lances iniciais em 12/11
Rodolpho Parigi (São Paulo, SP, 1977) vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Principais exposições individuais incluem: Latexguernica, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2022), em São Paulo, Brasil; Fancy Performance, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2017), em São Paulo, Brasil; Levitação, na Galeria Nara Roesler (2015), em São Paulo, Brasil; individual na Casa Modernista (2013), em São Paulo, Brasil; e AtraQue, na Galeria Nara Roesler (2011), em São Paulo, Brasil.
A obra de Rodolpho Parigi acontece entre o desenho, a pintura, a ambientação e a performance. Trata-se de um campo propositivo para ativação do corpo. Questões de gênero e sexualidade são temas recorrentes nos trabalhos auto-referenciais, nos quais utiliza imagens da cultura popular, do corpo humano e da botânica, como uma espécie de inventário do mundo; coleção particular de maravilhas. Desenhos de anatomia inventada misturam realidade e ficção, ambientações para as performances combinam teoria queer com História da Arte. A combinação de elementos díspares emergem de um interesse profundo e da fascinação pelos excessos do corpo, por suas representações anatômicas e pela imaginação pornográfica que ele instiga e multiplica no inconsciente coletivo. O corpo, na obra do artista, não é reproduzido com precisão, mas engolido e regurgitado como algo ‘corpóreo’, existindo apenas na dimensão e nas limitações da superfície das suas escolhas.
Nas palavras do artista: “Meu trabalho acontece a partir do conflito entre realidade e ficção. A partir de desenhos, pinturas e performances exploro um universo imagético de ficção auto imaginado, habitado por figuras híbridas ou andróginas de beleza estranha, formas que habitam a superfície como corpos vivos que poderiam até mesmo respirar ou se mover. Eu desenho e pinto as figuras com a vontade de transfigurar corpos e ideias pré estabelecidas, confusão de gêneros e a exploração das fronteiras entre imagens reais ou simuladas. Corpos são fundidos e remodelados para transformar a superfície da tela ou do papel , onde contenções e expansões são negociadas dentro do limite físico do suporte. As referências são do mundo da arte, da cultura popular ou mesmo clássica, renderizando tudo em uma mesma superfície, criando uma imagem que tenta alcançar uma sensação de prazer e confusão temporal”.