Lances iniciais em 19/10
Artista visual e poeta, Lenora de Barros começou sua carreira na década de 1970, formada em linguística pela USP. Suas primeiras obras estão ligadas à poesia visual, inspirada na poesia concreta. Em 1983, publicou Onde se vê, livro de poemas um tanto incomuns, já que alguns deles dispensavam dispensavam o uso de palavras, sendo constituídos de sequências fotográficas de performances. No mesmo ano, participou da 17ª Bienal Internacional de São Paulo.
Em 1990, mudou-se para Milão, onde realizou sua primeira exposição individual, Poesia É Coisa de Nada, apresentando a série Ping-Poems. Entre 1993 e 1996, escreveu uma coluna experimental no Jornal da Tarde, que originou vídeos e fotos performances exibidos posteriormente. Seus principais trabalhos incluem participações na 59ª Bienal de Veneza, 2022; Não Vejo a Hora, Gomide&Co, 2023; Minha Língua, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2022; e Mulheres Radicais: Arte Latino-Americana, 1960-1985, Hammer Museum, 2018. Suas obras estão em importantes coleções, como o Hammer Museum, Estados Unidos, e o MACBA, Espanha.
Em 2014, criou O que une – separa, publicado pela editora IKREK. Dez anos depois, essa frase se transformou num poema visual para a SP-Arte, que conectou seu trabalho ao de seu pai, Geraldo de Barros. O poema explora a dualidade do hífen, simbolizando a tensão entre unir e separar, refletindo como a linguagem pode aproximar e, ao mesmo tempo, distanciar.