Ana Clara Tito (Bom Jardim, RJ, 1993) vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. É graduade em Desenho Industrial pela Esdi-UERJ (2018), mestrande em Artes Visuais pelo PPGArtes UERJ. Entre as exposições das quais participou, destacam-se Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, no Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil (2021); Casa Carioca, no Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2020); O melhor da viagem é a demora, no Valongo Festival Internacional da Imagem, Santos, Brasil (2019); e sua individual O que se degrada segue em frente, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil (2022). Seu trabalho e pesquisa se desenvolvem a partir do corpo, seus estados emocionais e mentais, e as relações que e artista estabelece com os espaços que habita. Em objetos, fotografias, performances e instalações, sua obra integra elementos que remetem à arquitetura e arqueologia com ítens íntimos, desenvolvendo um universo que reflete sobre limites, tanto carnais quanto de paridade, propondo exercícios de permissão.
Os usos da raiva (nome que carrega parte do título de um texto de Audre Lorde) é uma pesquisa que, a partir de ideias de permissão e de possibilidade, explora o registro e a potência do momento e a intelectualidade dos sentimentos. Numa coreografia calma e calculada, o metal é moldado e transformado em escultura durante as performances. Num processo de constante feitura, funcionando para além das definições de uma obra de arte pronta e congelada, as peças geradas seguem seu processo de mudança a cada nova instalação no espaço. A pesquisa é dividida em momentos, sendo cada momento realizado com uma quantidade de material necessariamente maior que a anterior. As 4 fotos que compõem a obra aqui apresentada foram realizadas em 2021, na ocasião da exposição individual “O que se degrada segue em frente” apresentada no MAM-Rio e fazem parte do momento 8 da série.